sábado, 2 de abril de 2011

Tudo acaba em pizza!


“Profe, pra que time tu torce?” Assim começa essa crônica, diante da minha resposta - sou palmeirense verde - o aluno dispara: “Então me diga qual é o jogador do Palmeiras que você prefere o Ronaldo ou o Loco Abreu?” Oras, todo mundo sabe que nenhum deles joga no Verdão, digo, todo mundo que é ligado em futebol. O que me chamou a atenção foi a tentativa de pegadinha do aluno, ele disse que queria ver se eu gostava mesmo de futebol ou só dizia  que gostava “como todas as mulheres”.
            Achei graça e só não comecei uma discussão sobre a questão dos gêneros porque ele, o aluno, tinha por volta de uns 10 anos e nem chegou a ver o Parma campeão da Libertadores. Eu pelo contrário vi, torci, chorei e nunca esqueci, nem poderia dia 16 de junho é o aniversário do meu pai, palmeirense como eu, como o pai dele. No dia seguinte eu não conseguia pronunciar uma única palavra, mas nem precisava.
Voltando a questão dos gêneros, nunca entendi essa coisa de “inveja do pênis” e achava o Freud um tremendo de um chato, como assim eu tenho inveja de um pedaço cilíndrico de carne? Não, definitivamente eu não tinha. Então, fui ler o que esse cara andava dizendo, afinal eu discordava e precisava reunir argumento pra discutir com ele, ou com algum pobre desavisado que, ao cruzar o meu caminho, puxasse o assunto comigo.
            Bueno, não é que o Cara tinha razão? A mulher não tem inveja do pênis em si, daquele pedaço de carne, nós - sim, eu me incluo nessa - temos inveja do poder que o pênis representa em uma sociedade falocêntrica. Droga, ponto pra ele.
             Continuando, ele ainda diz que nós, mulheres, só sentimos prazer em fazer as coisas “masculinas”, pois, elas são masculinas e, portanto proibidas, ou seja, a velha história do não pode? Eu quero! Pelo menos foi o que eu entendi. OI? Essa é uma coisa com a qual eu não concordo. Gosto de futebol, porque gosto uai?! Será? Ai meu Freud do Céu!
             O que eu queria dizer com tudo isso? É que não gosto que subestimem minha paixão pelo futebol.  Não gosto quando os intelectuais, - de fato ou os pseudo - torcem o nariz para o ópio do povo. Tampouco gosto que falem mal do Palmeiras, não gosto do Corinthians, mas gosto dos corintianos. Só não curto muito quem não curte futebol. Sei lá, só sei que é assim.
             Mais uma coisa, tenho uma tendência a gostar muito das pessoas que concordam comigo, mas gosto ainda mais das que discordam. Portanto, se quiser discutir sinta-se a vontade, adoro discutir sobre qualquer coisa, principalmente sobre as que eu não entendo.
            By the way, a expressão “acabar em pizza” surgiu no Palmeiras. Havia uma crise entre a diretoria, realizavam uma reunião e não se chegava a um denominador comum. Como já era tarde resolveram continuar a reunião em uma pizzaria, depois de muitos chopes, algumas garrafas de vinho e quase vinte pizza tudo ficou bem. Um jornalista, que era parte da diretoria e participava da reunião, publicou em sua coluna no dia seguinte “Crise no Palmeiras acabe em pizza”, pronto mais uma frase de impacto para nosso acervo. Por isso digo, viva o Palmeiras! 

Um comentário:

João disse...

Necessariamente não discordo dos argumentos, apenas acho o Corinthians legal, mas o que realmente eu não suporto são os corintianos! Eita gentinha mesta soh!!!