segunda-feira, 25 de abril de 2011

E agora, Carla?



Já esteve tão perdido a ponto de achar que a morte era uma boa solução? Não digo morte literalmente, saída muito dramática para minha personalidade tão discreta, digo uma espécie de letargia longa... Longa o suficiente para esquecer quem sou, onde estou e essas coisas tontas - como, por exemplo, O QUE EU DEVO FAZER? - que ninguém conseguiu responder ainda - ou respondeu, mas não quis compartilhar, você sabe que o ser humano é egoísta, não sabe? Eu sei.
Já sentiu tanto medo que seria mais fácil virar fumaça e quem sabe sumir no espaço? Eu já. Não uma fumaça qualquer, quem sabe a fumaça do cigarro de um Jim Morrison, Bob Dylan ou de um de tal Raul?   Eu disse que era discreta... E sou, mas é que – esqueci de dizer – sou bi-polar, às vezes.
Estou morrendo de medo é sério, não sei o que fazer. Aí você me diz: pô, o que te faz pensar   que é diferente e que saberia resolver seus próprios problemas? EU digo: Sei lá, mas quem sabe fosse mais fácil ser uma pedra, aí eu seria a pedra no caminho de alguém e não teria que fazer meu próprio caminho - e isso seria uma solução -. Tá certo, talvez alguém me chutasse, um ou outro poderia pisar em mim.
Pensando bem, acho que sou uma pedra. Sempre somos um pouco pedra, e essa vida é pedreira (desculpem-me, não pude evitar o trocadilho). Sou/estou tão pedra que estão aí me chutando, me batendo, me jogando pra longe e eu aqui parada sem sentir nada – Tenho certeza que você sabe do que eu estou dizendo, sabe não e? -Quer dizer, sentindo, mas não agindo.
Bueno! Chegamos a um ponto, eu tenho que agir – isso significa “fazer alguma coisa” – e disso eu já sabia há um século. O que eu quero saber é: O QUE EU TENHO QUE FAZER?
Eu já disse, se alguém descobriu não contou.  Se eu descobrir, não contarei.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Haikai de Capitu




A chamei de Capitu

Sorriu!
Será que me traiu?

Escrito por Thiago Benitez 

sábado, 2 de abril de 2011

Tudo acaba em pizza!


“Profe, pra que time tu torce?” Assim começa essa crônica, diante da minha resposta - sou palmeirense verde - o aluno dispara: “Então me diga qual é o jogador do Palmeiras que você prefere o Ronaldo ou o Loco Abreu?” Oras, todo mundo sabe que nenhum deles joga no Verdão, digo, todo mundo que é ligado em futebol. O que me chamou a atenção foi a tentativa de pegadinha do aluno, ele disse que queria ver se eu gostava mesmo de futebol ou só dizia  que gostava “como todas as mulheres”.
            Achei graça e só não comecei uma discussão sobre a questão dos gêneros porque ele, o aluno, tinha por volta de uns 10 anos e nem chegou a ver o Parma campeão da Libertadores. Eu pelo contrário vi, torci, chorei e nunca esqueci, nem poderia dia 16 de junho é o aniversário do meu pai, palmeirense como eu, como o pai dele. No dia seguinte eu não conseguia pronunciar uma única palavra, mas nem precisava.
Voltando a questão dos gêneros, nunca entendi essa coisa de “inveja do pênis” e achava o Freud um tremendo de um chato, como assim eu tenho inveja de um pedaço cilíndrico de carne? Não, definitivamente eu não tinha. Então, fui ler o que esse cara andava dizendo, afinal eu discordava e precisava reunir argumento pra discutir com ele, ou com algum pobre desavisado que, ao cruzar o meu caminho, puxasse o assunto comigo.
            Bueno, não é que o Cara tinha razão? A mulher não tem inveja do pênis em si, daquele pedaço de carne, nós - sim, eu me incluo nessa - temos inveja do poder que o pênis representa em uma sociedade falocêntrica. Droga, ponto pra ele.
             Continuando, ele ainda diz que nós, mulheres, só sentimos prazer em fazer as coisas “masculinas”, pois, elas são masculinas e, portanto proibidas, ou seja, a velha história do não pode? Eu quero! Pelo menos foi o que eu entendi. OI? Essa é uma coisa com a qual eu não concordo. Gosto de futebol, porque gosto uai?! Será? Ai meu Freud do Céu!
             O que eu queria dizer com tudo isso? É que não gosto que subestimem minha paixão pelo futebol.  Não gosto quando os intelectuais, - de fato ou os pseudo - torcem o nariz para o ópio do povo. Tampouco gosto que falem mal do Palmeiras, não gosto do Corinthians, mas gosto dos corintianos. Só não curto muito quem não curte futebol. Sei lá, só sei que é assim.
             Mais uma coisa, tenho uma tendência a gostar muito das pessoas que concordam comigo, mas gosto ainda mais das que discordam. Portanto, se quiser discutir sinta-se a vontade, adoro discutir sobre qualquer coisa, principalmente sobre as que eu não entendo.
            By the way, a expressão “acabar em pizza” surgiu no Palmeiras. Havia uma crise entre a diretoria, realizavam uma reunião e não se chegava a um denominador comum. Como já era tarde resolveram continuar a reunião em uma pizzaria, depois de muitos chopes, algumas garrafas de vinho e quase vinte pizza tudo ficou bem. Um jornalista, que era parte da diretoria e participava da reunião, publicou em sua coluna no dia seguinte “Crise no Palmeiras acabe em pizza”, pronto mais uma frase de impacto para nosso acervo. Por isso digo, viva o Palmeiras! 

quarta-feira, 9 de março de 2011

Two beers, please!


Vezenquando tudo o que eu quero é desaparecer. Ser invisível, sabe? Quase consigo. Eu preciso de um domingo gelado, de céu azul, calmo e lindo.
 One more cup of coffee?   Two beers, please! 
É estranho como as coisas parecem nunca terminar. É como se tudo o tempo todo estivesse se repetindo, os lugares, as pessoas - seus cheiros – os medos. Acho que é ciclo da vida, melhor seria dizer o circo. Nesse circo, (in)felizmente não sou palhaço, sou um leão. Leão já sem dentes, sem força, esperando a morte. Queria rugir, mas meu rugido não afugenta, causa riso.
Espero, espero sentado. Desespero.  (Des)esperança. Você acha um saco ler isso? Agora imagine sentir.
Acho que é culpa do calor, do dollar, do Lula. Digo, do Lula não, da Dilma - ando tão 2009-2010 - so last week. Odeio essa coisa de crescer, envelhecer. Responsabilizar-se.
Andei pensando em liberdade, mas liberdade total. Sem laços. Existe? É uma daquelas perguntas sem respostas, não é?
Saudade, saudade, saudade. Parece um martelo, ou uma faca. Enfim, dói. Saudades de banho de chuva, bolo de fubá com café, meu tênis branco, meu livro da Clarice - sendo inteiramente sincera, nunca  a entendi muito bem também -  e seus olhos furta-cor.
É hora de partir. Partilhar, mas continuo me recusando. Faz tempo que eu queria (te) dizer isso. Que há coisas com as quais a gente não aprende a conviver. A perda, por exemplo, é natural. As pessoas mais se perdem do que se encontram. Nada tão trágico. Entenda. Faz tempo que eu ensaio um pedido de desculpas, mas não vou concretizá-lo. Sei, sabes, sabemos.
Agora, chega de saudade e esses “mimimi´s”. Quero um mini-refrigerador brastemp retrô amarelo, dormir a noite toda em uma cama de casal. Exijo uma dúzia de sapatos novos, um sem número de vestidos, todos os cd´s do Devendra Banhart e – pra não você diga que sou fútil - todos os livros do Caio, Machado, Benedetti e daquele lindo do Puig. Viu Vida? Anotou? Então, siga. Seguirei.
Espero que não me cause mais nenhuma complicação. Porque, por aqui, eu não desperdiçarei a última solução. Mas, antes... One more cup of coffee for the road.

domingo, 6 de março de 2011

O que as pessoas fazem a noite?


Estou cansada dolorida ansiosa e com uma vontade enorme de chorar ou gritar - talvez as duas coisas ao mesmo tempo -. Queria escrever algo interessante, vomitar tudo isso que amarra e amarga a garganta, mas as palavras fogem, se escondem  -safadinhas - . Toda vez que me sinto assim preciso escrever, escrever e escrever.  E eu escrevo muito, em quantidade não em qualidade, que fique esclarecido. Não lembro em que mural eu li algo quase assim: “escrevo como para salvar uma vida, a minha”, essa frase é normalmente atribuída a Clarice Lispector, mas em tempos de internet, wiki e tudo mais, me reservo o direito de não ter certeza.
 Fato é que essa frase mexeu comigo, bateu e ficou. Talvez o motivo seja o de que escrever, para mim, é sempre tão difícil e doloroso que só faço quando considero absolutamente necessário. Invariavelmente me sinto nua, desprotegida como se eu estivesse contando meus segredos. E não, não adianta usar subterfúgios, eu escrevo e sei disso. Imagino as pessoas lendo e já tremo, tenho taquicardia e vontade de sair correndo, mas só tem uma coisa pior que isso e é não escrever.
Deixar de escrever é guardar todas as minhas coisas só para mim e eu não consigo, não posso.  Não sei, mas suspeito que o meu problema passe pelo “humano, demasiado humano”. Isso de sentir demasiadamente as coisas. Essa coisa de não poder dominar o tempo e o espaço também é um defeito, viu Deus?  Aliás, para que o livre arbítrio, heim? Calma, calma é brincadeira.  Contudo, acho que seria uma boa dica em uma próxima tentativa agregar ao livre arbítrio a possibilidade de avançar ou retroceder no tempo - sei que é pedir demais – em todo caso, anote aí.
Não sei se as pessoas se interessam pelo que eu digo, penso e falo, o que me importa é me livrar/libertar - e quem sabe num dia lindo de sol azul isso ajude a alguém também a livrar/libertar -. Quem sabe Ele me ouça e me dê um controle remoto do tempo, um para a minha amiga também. Bueno, tenho tantas idéias boas para dar uma melhoradinha no homem, Pai se precisar já sabe!
Sempre me pergunto o que as outras pessoas fazem quando não aguentam a si mesmas, eu divido isso de Ser humano, - me - (d)escrevo, ouço musica com fone de ouvido no volume máximo - isso também  serve para quando não agüento os outros– e falo com as minhas amigas. Hello meninas, I need a little help from my friends.

sábado, 5 de março de 2011

Permitir-se.

Isso de ser humano, demasiadamente ainda me mata.
Há coisa mais humana do que morrer?
Morrer de medo.Morrer de frio, sede.
Morrer de desejo.
Morrer de rir, de chorar.
O que eu mais gosto certamente é de morrer de amor.

Então, façamos um brinde a morte - à unica coisa certa na vida -  que não nos deixa esquecer da nossa humanidade.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Miss Lexotan, she is coming back...

Formatura.
Férias aqui.
Telefonema.
Madrugada.
Ano terminando.
Sorrisos furtivos.
Pouco álcool.
Muito medo.
Sarcasmo.
Cigarro.
Café.

Back to sixteen? Sweet sixteen.

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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Sou inconstante. Já me falaram que eu vivo mudando de idéia, de roupa, de cara mas uma coisa em mim não muda: eu nunca deixo de gostar totalmente das coisa, pessoas, lugares.
Acho engraçado, pra não dizer tosco, pessoas que mudam e negam as coisas de que gostaram.Por exemplo, as bandas que eu curto hoje são diferentes das que eu curtia a alguns anos... Mesmo o livros que leio são diferentes, o que não significa que tenho que negar que gostei, ouvi li.
Se hoje é ouço, seila, digamos Rita lee é porque eu já ouvi muuuito Sandy & Junior - e ainda ouço,confesso - , fui apaixonada pelo BSB, com preferencia pelo AJ.
Esses dias eu reli Lucíola e entendi muita coisa, como por exemplo, a morte dela que me fez chorar horrores na primeira vez que li.
Qual o motivo pra eu escrever aqui?
Oras, esse blog é meu e eu faço o que bem entender dele, Rá?!
Tô brincando, é que acho muita tosquice - neologismo?- de quem nega seu passado.
Bom, pensando bem, acho que a Carla Perez deveria negar o dela.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Não Agrado

 Abaixo transcrevo o dialogo da personagem AGRADO do ALMODÓVAR. 

"Me llaman la Agrado, porque toda mi vida solo he pretendido hacerle la vida agradable a los demás. Además de agradable, soy muy auténtica. 
Miren que cuerpo, todo hecho a medida: rasgado de ojos 80.000; nariz 200, tiradas a la basura porque un año después me la pusieron así de otro palizón... Ya sé que me da mucha personalidad, pero si llego a saberlo no me la toco. Tetas, 2, porque no soy ningún monstruo, 70 cada una pero estas las tengo ya súper amortizás. Silicona en labios, frente, pómulos, caderas y culo. El litro cuesta unas 100.000, así que echar las cuentas porque yo, ya las he "perdio"... Limadura de mandíbula 75.000; depilación definitiva en láser, porque la mujer también viene del mono, bueno, tanto o más que el hombre! 60.000 por sesión. Depende de lo barbuda que una sea lo normal es de 2 a 4 sesiones, pero si eres folclórica, necesitas más claro... bueno, lo que les estaba diciendo, que cuesta mucho ser auténtica, señora, y en estas cosas no hay que ser rácana, porque una es más auténtica cuanto más se parece a lo que ha soñado de si misma.


sábado, 15 de maio de 2010

Da serie: Aos sábados quase sempre a tarde...

Minhas palavras  embaralhadas, meus pensamentos embaraçados.
Eu perdida nesse castanho - chocolate tabaco mel café - do seu olhar,é engraçado como os seus olhos conseguem sintetizar o melhor.Há um "seiquelá" que me mata, uma voluptuosidade pura, uma maldade ingênua.
Causa uma embriaguez lasciva.
Com você por perto fico tão cheia de frases feitas,  clichê, piegas.Vou embora de mim em qualquer navio em direção a Zanzibar, ou um bar mesmo.
Por todas essas coisas, por todo esse tempo, talvez, é que nestas noites de cinza, eu o ame...mesmo sem saber o que significa essa palavras seca -amor- por mais que eu tenha tentado entender. Tentativas fracas, pálidas, hesitantes, você diria.

Ah, também - isso é bem pessoal -,não diga, por favor,que faço isso para te recriminar, mas você tem algo nas mãos além do cigarro.